terça-feira, 24 de maio de 2011

"Me Segura " cantor Rick Sollo abre o coração em entrevista na Vanguarda FM




Na última quinta-feira (19) a Rádio Vanguarda de Sorocaba realizou um pocket show com o cantor Rick Sollo. Estavam presentes dez ouvintes que foram sorteadas e alguns convidados.

A Rádio Vanguarda já realizou esse tipo de evento com a dupla Marcos e Belutti, com Hudson Cadorini e o mais recente teve a participação do cantor Edson, apresentando-se para cerca de 200 convidados que juntos comemoraram o primeiro lugar na audiência conquistado pela Vanguarda FM.  Mas dessa vez, como vem acontecendo, Rick Sollo resolveu inovar transmitindo o evento através de Twitcam, proporcionando momentos especiais para fãs de todo o Brasil.

Quem acompanhou o pocket show conferiu músicas de diversos momentos da carreira de Rick e Renner, entre elas “Filha”, “Ela é Demais” e “Negativo e Positivo”, além das novas já em carreira solo “Me Segura”, “No escurinho”, “Vem Camila (que abriu a apresentação) e “Pronto Pra Te Amar” e a inédita “Morrer de Amor”que tem a participação do cantor Eduardo Costa.
Após o evento Rick Sollo conversou com a nossa equipe e contou como foi que decidiu seguir carreira solo, a escolha do novo nome de trabalho, sua parceria com o cantor D’Black e a importância do escritório Talismã nessa nova fase.

Confira abaixo a entrevista completa:


Quando você decidiu seguir carreira solo, teve algum receio de não dar certo, ou de ter problemas no início?

Tive sim. Um dos problemas que me preocupavam era justamente essa coisa porque Rick e Renner era uma marca muito forte, uma receita, uma grife, e me preocupava como é que seria a notícia da separação,me preocupava saber se as pessoas iriam aceitar o Rick sozinho. Mas ao mesmo tempo em que isso me preocupava, uma coisa não calava em mim: era a vontade de fazer uma carreira solo. Eu queria fazer o meu próprio trabalho, uma coisa minha, gravar o que eu tava compondo naquele momento. Então eu precisava escolher entre a dúvida e o arriscar,eu preferi arriscar.


Fica claro que você iniciou essa nova etapa bem diferente, desde “Me segura”, a primeira música lançada, você vem mostrando um Rick diferente da dupla, então foi isso mesmo que te ,motivou decidir pela carreira solo?


Eu acho que eu ansiava pelo diferente. Quase 25 anos de Rick e Renner, eu acho que a gente já tinha feito de tudo. Chega um ponto que você não tem muito mais pra fazer. Quando você vive um casamento, ou seja, marido e mulher, começa na paixão, depois vira amor, esse amor se consolida aí vem família e o casamento se torna algo muito sério, e se existir cumplicidade, respeito, essa coisa toda, se torna algo para a vida inteira. Mas uma carreira é diferente, por que você tem X coisas pra fazer, depois disso você começa a querer buscar outras coisas. Foi o que aconteceu comigo, eu queria outras coisas. Existia também uma diferença profissional entre eu e o Renner, ele buscava uma coisa, eu buscava outra, enfim, aí rolou essa coisa da separação, mas foi super tranqüila.



Rick e fãs sorteadas para o show
Nós estamos num evento de rádio, que sempre foi o principal meio de divulgação de artistas da música. Muita gente dizia que com a internet a rádio perderia essa característica e hoje você juntou os dois, quando decidiu transmitir o evento pela Twitcam. Você acha que algum dia a rádio vai deixar de ter essa importância na divulgação?


Não, eu não acredito. Porque o rádio está muito além de tudo isso, eu arrisco dizer que o rádio está além da comunicação. Rádio tá pra muita gente como uma espécie de companheiro. Eu tiro pela minha mãe que é uma senhora de 77 anos e a primeira coisa que ela faz quando acorda é ligar o rádio, e ela tem televisão, DVD. E o bom é que a gente vê a nova, safra, a juventude, continuar do mesmo jeito. A gente vai nos grandes centros e a galera tá ouvindo rádio. Então a verdade tem que ser dita, o rádio não é só um veículo de comunicação, é uma forma de entretenimento, uma opção pro seu momento de solidão. Então eu não acredito que o rádio venha perder espaço, não. Eu acho que pra internet ocupar o espaço do rádio ela teria que ser mais direta, mas tem muita coisa ainda pra ser ajustada. A internet é uma coisa maravilha, mas eu acho que o rádio não tem similar.


Você acha que o twitter ajudou no seu relacionamento com os fãs nessa nova fase?


Totalmente. Eu acredito que o twitter tenha sido uma grande ferramenta pra mim porque eu não uso apenas pra falar com fã, mas uso também pra falar com os meios de comunicação, com rádio, com televisão. Eu tenho amigos hoje no twitter do Brasil todo, gente da imprensa de uma forma geral. Eu acho que ele é uma ferramenta que quando usada para o bem, tem um resultado maravilhoso e a soma disso com rádio e televisão só pode dar no sucesso. Eu, como cantor, penso que saí na frente dos outros cantores, porque todos os artistas que eu vejo mexendo com twitter, usam pra falar com outros artistas, pra divulgar o show, pra falar das promoções, da carreira, eu uso pra arrebanhar fãs, pra dialogar com eles. Eu sou aquele cara que conversa mesmo, logo cedo mando mensagens para todo mundo e acho que é algo muito legal. Na verdade eu faço no twitter o que gostaria que as pessoas fizessem comigo.


Durante o pocket show você comentou sobre um parceria que fará com o D’Black. Como foi que surgiu essa idéia? Vocês já chegaram a gravar?


O D’Black é um irmão de algum tempo, que eu tive a oportunidade de conhecer em Brasília quando  participamos de um evento e fomos almoçar juntos. E ele gostava do meu trabalho e eu gostava do dele, e a gente começou um namoro ali. Até que nos vimos, compondo juntos, ele foi pra minha casa, a gente compôs juntos e surgiu uma amizade maravilhosa. Ele é muito amigo do meu filho também. Recentemente, através do twitter surgiu a idéia da gente gravar alguma coisa juntos. Hoje você não precisa necessariamente gravar um disco, você pode gravar o vídeo de uma canção e colocar no Youtube e a gente tá planejando fazer esse trabalho. Ele me disse que fez uma música incrível que ele quer me mostrar, pode ser essa música, mas pode ser também alguma coisa que nós fizemos juntos. Eu escrevi algumas coisas com ele, então logo, logo estará na rua esse trabalho.


O fato da marca Rick Sollo já estar consolidada em menos de 5 meses, te surpreendeu?


O Sollo é uma coisa que eu falo pra você com todas as letras, é uma coisa que Deus me deu.  Foi a única certeza que eu tive de todas as coisas. Meu repertório não era certeza, meu disco não era certeza, o que ia acontecer comigo não era certeza, tudo era uma incógnita pra mim, eu ia dar um tiro no escuro. A única coisa que eu sabia era que o Rick tem uma identidade, o Rick, vocalmente falando, é um cara conhecido, onde eu colocar a voz as pessoas sabem que sou eu. Mas o Sollo foi uma luz. Quando eu separei a dupla as pessoas chegavam em mim e diziam “ e aí Rick, como é que vai ficar? Vai ficar Rick solo ou você vai fazer dupla com seu filho? Vai ser Rick solo ou Rick e Victor?”. Aí eu falei “pô, vou adotar esse solo como sobrenome” . Porque se eu falasse Rick, ficaria a dúvida se era o cara do Rick e Renner, e quando eu falo Rick Sollo, já entende que é o cara do Rick e Renner que tá solo, tira a dúvida ali. E o incrível foi exatamente essa coisa da assimilação, a galera assimilou muito rápido.

Hoje até quando as pessoas vão anunciar Rick e Renner elas dizem “Rick Sollo e Renner”. A identidade do Rick Sollo tá muito forte e a hora que esse disco sair eu acho que as coisas vão caminha pelo caminho da boa música, do bom repertório, dos grandes shows. Até com relação a isso tá acontecendo uma coisa maravilhosa, minha agenda abiu de uma forma incrível e eu não vou fazer show numa região do Brasil, eu vou fazer show no Brasil inteiro, então tá tudo lindo.

Qual a importância da Talismã nesta fase de sua carreira ?


 A Talismã tem uma filosofia de trabalho que bate muito com a minha, tem uma afinidade profissional muito grande. Existe uma agenda de shows que tá, graças a Deus, de vento em polpa, existem pessoas cuidado da minha vida com relação a gravadoras, com relação a rádio. Eu sempre fui aquele cara de correr atrás eu mesmo, de ir lá e resolver,hoje, lógico que eu acompanho tudo, mas existem pessoas cuidando disso pra mim. Hoje eu não me considero um filho sem pai.


Você acha que as suas músicas estão tocando bastante porque você está se diferenciando do mercado atual?


Eu acho que o mercado tá inchado com muita coisa parecida. Quando surge uma batida que faz sucesso, sai todo mundo copiando. E hoje no mercado tem muitas coisas assim, os arranjos são todos iguais, os timbres de voz são muito parecidos e você não sabe quem tá cantando. O Rick tem uma identidade vocal, qualquer música que colocar a minha voz você sabe que sou eu que to cantando. Quando eu lancei “Vem Camila” as pessoas ficaram pensando “poxa, é uma coisa diferente”, mas sabiam que era o Rick que ali.


O que as pessoas podem esperar do seu CD?


Eu estou apaixonado por esse CD, foi o disco que eu mais demorei pra fazer, foram 5 meses, mas é um disco diferente pra caramba. Eu gravei com a minha banda, tem um repertório diversificado, tem de tudo um pouco. Eu disse esses dias no twitter que para as pessoas me conhecerem mais, elas têm que ouvir o meu disco, porque ele tem o meu DNA, aquele disco tem a minha verdade musical, ele tem a minha descontração, tem a minha cara! Eu só vi uma vez um disco que tinha tanto a ver com o artista, que foi um disco do Oswaldo Montenegro, quando eu pegava o disco na mão, eu pensava que tava pegando na mão do Oswaldo, então esse disco tem isso.


Conversar com o cantor é uma experiência gratificante, além de anos de carreira e uma bagagem musical enorme, o ser humano Rick é iluminado, transmite paz, serenidade e acima de tudo muito profissionalismo e dedicação.

O Sentimento Sertanejo agradece ao cantor Rick Sollo e toda sua equipe, por esta oportunidade e deseja que todos os seus projetos sejam realizados com muito sucesso.


Entrevista / Fotos : Talita Galero
Colaboração : Giseli Trauzola

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